CID11 | Classificação Internacional de Doenças

CID-11: O guia definitivo para profissionais de saúde na era digital!

A Classificação Internacional de Doenças (CID) está passando pela sua maior transformação em décadas. Para você, profissional de saúde, e para nós da DNACIS, que construímos a ferramenta que organiza sua clínica, essa mudança é um marco que exige preparo.

A transição do CID-10 para o CID-11 é muito mais do que uma troca de códigos: é uma revolução digital e legal que impacta diretamente o registro de dados, a qualidade do atendimento e, principalmente, o seu software de gestão.

Preparamos um guia didático e informativo com os pontos-chave que você e sua clínica devem observar para garantir a conformidade e aproveitar os benefícios da nova classificação.

O que é o CID-11 e por que a DNACIS está atenta?

A Classificação Internacional de Doenças (CID) é o padrão global da OMS para registrar e analisar dados de saúde. A versão atual, o CID-10, foi aprovada em 1989 e entrou em vigor em 1º de janeiro de 1993. Ele reflete o conhecimento de mais de 30 anos atrás!

O CID-11, com implementação final no Brasil prevista para janeiro de 2027, é a resposta da ciência à tecnologia moderna. A DNACIS está acompanhando de perto para garantir que seu Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP) esteja 100% atualizado.

A importância desta mudança se baseia em três pilares essenciais:

Pilares do CID-11 X Impacto para sua Clínica e DNACIS

1. Reflete a ciência moderna | Incorpora diagnósticos e conceitos novos (como Transtorno dos Jogos Eletrônicos e novas classificações para TEA) que melhoram a precisão clínica.

2. É nascido digital (Interoperabilidade) | Projetado para operar em sistemas eletrônicos, garantindo a troca de dados entre diferentes softwares e bases de dados de saúde.

3. Garante a qualidade do dado | Permite o registro mais detalhado do paciente, crucial para pesquisas, auditorias e gestão de saúde pública.

Implementação no Brasil e os 3 Pilares do CID-11

O CID-11, em vigor globalmente desde 2022 (e com implementação final no Brasil prevista para janeiro de 2027), está sendo integrado de forma escalonada no país. É hora de se preparar!

1. A Era Digital: Interoperabilidade e Flexibilidade

Esqueça as limitações de um sistema baseado em papel. O CID-11 é totalmente digital e foi projetado para funcionar perfeitamente com softwares de saúde, prontuários eletrônicos e sistemas de inteligência artificial.

• O que observar: A compatibilidade dos seus sistemas de prontuário eletrônico (PEP). Eles devem ser atualizados para se comunicarem com a nova estrutura digital do CID-11, garantindo a troca de dados entre diferentes instituições.

2. Maior Detalhamento Clínico

O CID-11 aumenta o número de códigos e categorias para mais de 17.000. Isso permite um registro muito mais preciso, refletindo a complexidade de certas condições de saúde.

• O que observar: A funcionalidade de Pós-coordenação. É a novidade mais importante! Você pode combinar um código principal (o problema central) com códigos de extensão (detalhes adicionais, como causa, gravidade, localização anatômica ou estágio).

Exemplo Simples: Você pode registrar uma fratura (código principal) e adicionar códigos de extensão para indicar se houve infecção e qual a sua causa.

Conceitos Atualizados em Sua Área

O CID-11 traz atualizações que incorporam o conhecimento científico mais recente, o que impacta diretamente em diagnósticos críticos:

Tema X Mudança na CID-11

Transtorno do espectro do autismo (TEA) | Agora é classificado de forma unificada (6A02), com especificadores sobre deficiência intelectual e comprometimento da linguagem, substituindo as categorias confusas do CID-10.

Comportamento | Inclusão do Transtorno dos Jogos Eletrônicos (Gaming Disorder) como uma condição de adição.

Doenças raras e resistência | Todas as doenças raras conhecidas foram incluídas, e a resistência antimicrobiana ganhou uma codificação própria e robusta.

DNACIS e o desafio da tecnologia: Compliance e Legalidade

Para a DNACIS, a atualização do software não é apenas técnica, é um ato de compliance (conformidade legal). É fundamental que a DNACIS e todos os sistemas que consomem a CID-11 sigam as regras da OMS, que são estritas sobre o uso digital da classificação.

O documento de licença da OMS estabelece regras claras:

• Licença e Atribuição: A Classificação é licenciada sob a Creative Commons Attribution-NoDerivs 3.0 IGO (CC BY-ND 3.0 IGO).
• Proibição de Adaptações: Não é permitido fazer "adaptações" da classificação, como usá-la para desenvolver ou promover um padrão diferente.
• Regras de Integração de Software: Ao integrar a CID-11 em um software, é obrigatório incluir o código, o título e o URI (Identificador Uniforme de Recurso) da classificação. A DNACIS está assegurando que todos os campos de registro mantenham essa integridade.
• Tabelas de Transcodificação (Mapas-Ponte): A criação de mapeamentos entre o CID-10 e o CID-11 exige um acordo escrito separado com a OMS. Isso garante que a migração dos dados históricos seja feita com o máximo de precisão e legalidade.

A DNACIS está em processo de adequação, mas a eficácia da ferramenta depende também da sua atualização. Nosso software já está com todos os códigos do CID11 cadastrados, facilitando a escolha correta da denominação.

Preparação Essencial: O Que o Profissional Deve Fazer Agora

A transição é um projeto nacional no Brasil, mas o sucesso depende da preparação individual de cada profissional.

1. Domine a Nova Estrutura de Código (e o Recurso Mais Importante!)

• Pratique na Plataforma: A OMS disponibiliza a Plataforma de Classificação de Doenças (ICD-11) online e em português. Comece a explorar, a buscar códigos e a simular o uso dos códigos de extensão. Acesse a plataforma oficial da CID-11 em português aqui: https://icd.who.int/pt.

2. Capacitação Gratuita e Oficial: Curso OPAS/OMS

O recurso mais valioso para a sua atualização é o "Manual de capacitação da CID-11", um curso autoinstrucional oferecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pela OMS.

• Público-alvo: Codificadores, médicos, enfermeiros e qualquer profissional interessado em codificação.
• Conteúdo: Estrutura, convenções, ferramentas de navegação e diretrizes práticas.
• Como acessar: Procure por este treinamento no Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP) da OPAS. Ele é fundamental para entender o uso prático da pós-coordenação e a nova lógica de classificação.
• Acesse o curso de capacitação CID-11 aqui: https://campus.paho.org/pt-br/curso/cid-11-manual-de-capacitacao

A migração para a CID-11 não é apenas uma obrigação, é a oportunidade para modernizar a saúde pública e privada no Brasil. Quem domina a nova classificação não apenas se adequa a uma norma, mas se posiciona na vanguarda da qualidade e precisão do registro de dados de saúde, elevando o nível do registro de dados na sua clínica. Conte com a DNACIS como sua parceira de gestão para navegar nesta importante transição.

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